A Fundação Gimbe, um órgão independente que tem como objetivo promover treinamento e pesquisa no setor da saúde, alerta que seria arriscado afrouxar as medidas de restrição antes do final de maio, quando a chamada Fase 2 está planejada, visando a cobiçada “infecção zero” do novo coronavírus, o Covid-19.
Para a Gimbe, a data indicada para afrouxar as medidas é 2 de junho, quando o aumento de casos deve cair para 0,1%.
Para atingir esse baixo percentual, o modelo Gimbe prevê uma queda significativa a partir de 16 de abril, quando o aumento de casos cairá para 2%, para 1% em 27 de abril, para 0,5% em 7 de maio, até 0,1% em 2 de junho.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (07), o aumento de casos está em em 2,29%.
Tudo depende de nós
Em resumo, as análises independentes da Fundação GIMBE sugerem que: a curva de contágio diminuiu, mas o aumento de novos casos ainda é relevante.
As medidas de distanciamento social diminuíram o fardo para os hospitais, mas seu efeito no número total de casos ainda é modesto.
A flexibilização das medidas deve ser gradual e diferenciada por tipo de intervenção e, sempre que possível, “personalizada” nas várias regiões, acompanhando de perto o aparecimento de novos surtos.
Se a desaceleração de novos casos for confirmada nas próximas semanas, com uma certa dose de risco, a “Fase 2” poderá ser iniciada entre o final de abril e o início de maio, aceitando o risco de um novo aumento nas infecções.
Veja o gráfico sobre o progresso da epidemia na Itália até “contágio zero”: