O Ministério Público de Bérgamo, no norte da Itália, investiga – no âmbito da “Operação Rainbow” – a suspeita prática de cidadania italiana em troca de votos.
O prefeito de Treviglio, Juri Imeri, que não está sob investigação, foi citado em uma escuta telefônica interceptada com a autorização da justiça. “Ele teria prometido favores a ela em troca de votos na próxima disputa eleitoral de seus clientes que tivessem obtido a cidadania italiana”, revela um trecho da conversa.
Não está claro, segundo a reportagem do Corriere desta segunda-feira (29), quem são os interlocutores. O caso está sob sigilo da justiça.
Elmonda Popa, empresária albanesa, foi presa por subornar um policial do Aeroporto de Bergamo (também preso) e ajudar e incentivar a imigração ilegal. Ela negou receber favores, mas admitiu apoio nas próximas eleições.
No interrogatório de custódia, Elmonda foi indagada sobre o assunto pela procuradora Silvia Marchina e a empresária teria afirmado que o apoio eleitoral seria de sua iniciativa, negando a existência da troca de voto.
A albanesa tinha um escritório em um imóvel alugado pela própria prefeitura de Treviglio, na Piazza Cameroni.
Procurado pelo Corriere, o prefeito limitou-se a comentar: “Estou surpreso. E eu permaneço, é claro, à disposição do Judiciário, caso seja necessário”, disse Imeri.
Vídeo mostra albanesa entregando dinheiro para policial: