Agnaldo Rayol, uma das vozes mais icônicas da música brasileira, faleceu nesta segunda-feira (4) aos 86 anos, em São Paulo. O cantor, conhecido por sua interpretação emocionante de clássicos italianos, sofreu uma queda em seu apartamento durante a madrugada.
Resgatado pelo SAMU e levado ao Hospital HSANP, em Santana, Rayol não resistiu a uma parada cardiorrespiratória, conforme informou sua família em nota à imprensa.
Raízes italianas e carreira lendária
Neto de italianos da Calábria, por parte de mãe, Agnaldo Rayol — cidadão italiano — sempre manteve uma conexão profunda com a cultura e a música italiana, que o inspiraram desde o início da carreira.
Canções como “O Sole Mio” e “Santa Lucia” tornaram-se marcas registradas do cantor, fazendo dele um verdadeiro embaixador da música italiana no Brasil.
Sua mãe, Rosa Coniglio, transmitiu-lhe o amor pela Itália e suas tradições, influências que marcaram profundamente seu repertório e estilo.
“Agnaldo Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs”, escreveu a família na nota de falecimento.
Popularidade e contribuição para a cultura Brasileira
Nos anos 60, Rayol se consagrou com suas performances em programas próprios na TV Record, destacando-se tanto pela potência de sua voz de barítono quanto pela presença carismática.
Seu talento multifacetado o levou ao cinema e às telenovelas, com destaque para as trilhas sonoras das novelas “O Rei do Gado” e “Terra Nostra”, que contaram com suas interpretações de canções italianas.
Por conta disso, ele era presente constante em festas italianas em todo o Brasil.
Legado e vida pessoal
Rayol deixa um legado de mais de 70 anos de carreira, marcado por interpretações intensas e o amor pela música italiana e religiosa.
Discreto sobre sua vida pessoal, o cantor era casado há mais de 50 anos com Maria Gomes, que atualmente sofre de Alzheimer. Durante sua trajetória, Rayol enfrentou perdas pessoais, como a de seu único filho, que viveu apenas três meses.
Sua voz continuará viva nos corações de quem acompanhou suas performances, e seu legado como ponte cultural entre o Brasil e a Itália segue intocado.