Milhares de manifestantes foram às ruas da Ita, neste domingo (7), para denunciar atos racistas e a repressão policial no mundo.
Em Roma, uma manifestação espontânea surgiu na famosa Piazza del Popolo, com milhares de jovens ajoelhados em silêncio e de punhos erguidos, por quase nove minutos.
Foi durante esse tempo que o policial manteve o joelho pressionado no pescoço de Floyd, até ele sufocar.
Quando os manifestantes se levantaram, também gritaram: “Não consigo respirar!”.
Michael Taylor, um africano imigrante do Botsuana, compareceu com toda sua família.
“Eu sou um africano branco e, às vezes, sinto medo e desprezo apenas porque sou estrangeiro”, disse ele à agência de notícias AFP. “Imagine como seriam as coisas se eu fosse negro”, completou.
“É realmente difícil viver aqui”, disse Morikeba Samate, senegalês de 32 anos, uma das dezenas de milhares de migrantes que chegaram à Itália após uma perigosa viagem pelo Mediterrâneo.
“Eles acham que somos todos ladrões”, reclamou.
A indignação que levou milhares de americanos a irem às ruas após o assassinato de George Floyd, em 25 de maio, nos EUA, espalha-se, progressivamente, pelo mundo.
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