Estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat) na quarta-feira (28) mostrou que o número de nascimentos no país caiu novamente em 2017.
Segundo o balanço do Istat, 458.151 bebês vieram ao mundo em solo italiano no ano passado, 15 mil a menos do que em 2016.
Entre 2014 e 2017, houve um declínio de cerca de 45 mil nascimentos. Em 10 anos, a queda é de quase 120 mil partos.
“Como era a expectativa, a taxa de natalidade ainda está caindo, um fenômeno que já dura uma década e se deve a fatores estruturais, mas isso não deve nos fazer pensar que é um fenômeno irreversível e que não podemos intervir”, explicou Vittoria Buratta, diretora de estatísticas sociais do Istat.
De acordo com o relatório, a diminuição da população feminina entre 15 e 49 anos na Itália – 900 mil mulheres a menos nessa faixa etária em 10 anos – é um dos principais fatores do declínio da taxa de natalidade, que começou em 2008.
Para o vice-premier e ministro do Trabalho Luigi Di Maio, o declínio dos nascimentos no país “é um drama que vem acontecendo há anos”. Além disso, ele afirmou que o crescimento de que a península “precisa” em 2019 é o do número de crianças.
Preocupado com a baixa natalidade, o governo da Itália anunciou uma série de medidas para incentivar casais a terem filhos. A principal delas é a renovação do “bônus bebê”, ajuda mensal de 80 ou 160 euros para cada criança recém-nascida ou recém-adotada em solo italiano.
O governo também pretende aumentar em 20% a quantia do benefício, que é pago durante um ano, para os casais que optarem por um segundo filho. (ANSA)