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Itália relembra 32 anos de morte de juiz antimáfia Borsellino

Magistrado foi assassinado pela máfia em 19 de julho de 1992

Magistrado foi assassinado pela máfia em 19 de julho de 1992
Mural na Itália homenageia Falcone e Borsellino | Foto: ANSA

As autoridades italianas relembraram nesta sexta-feira (19) os 32 anos do assassinato do juiz Paolo Borsellino que, ao lado de Giovanni Falcone, tornou-se um dos símbolos da luta contra os grupos mafiosos da Itália no início da década de 1990.

O caso é um dos mais marcantes da história judiciária da Itália e foi recordado com uma missa em memória dos mortos na via D’Amelio, rua onde ocorreu o massacre.

Além disso, coroas de flores foram depositadas em um monumento e na Piazza Municipio, em Nápoles, perto da placa sob a árvore da legalidade que comemora o sacrifício pela justiça e pela democracia de Falcone e Borsellino e de todas as vítimas do atentado.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, lembrou “com respeito e emoção” o “dia que marcou profundamente a nossa nação” e destacou que “a coragem e compromisso com a justiça e a legalidade continuam a ser um farol de esperança e determinação para todos nós”.

 “É nosso dever honrar a sua memória, continuando a combater todas as formas de crime e defender os valores da justiça e da liberdade pelos quais deram a vida”, acrescentou ela.

Meloni explicou que o governo italiano está “fortemente empenhado na luta contra o crime organizado”, enfatizando que a batalha “contra a máfia é uma prioridade absoluta”.

Já o presidente da Itália, Sergio Mattarella, dedicou seu pensamento a todos os familiares das vítimas do massacre, “para a sua dor infinita, para a dignidade com que, frente à violência desumana da máfia, souberam transmitir o sentido do bem comum e apoiaram a procura da verdade plena sobre as circunstâncias e os instigadores do crime”.

Borsellino e Falcone eram os juízes que faziam uma série de investigações contra a máfia siciliana “Cosa Nostra” e ambos foram assassinados em dois atentados feitos por mafiosos.

No dia 19 de julho de 1992, em Palermo, um Fiat 126 repleto de explosivos foi detonado em frente à casa da mãe de Borsellino, no exato momento em que ele chegava à residência com uma escolta de cinco policiais. Entre as vítimas também estavam Agostino Catalano, Emanuela Loi, Vincenzo Li Muli, Walter Eddie Cosina e Claudio Traina.

O atentado ocorreu quase dois meses depois do Massacre de Capaci, quando a máfia tirou as vidas do também juiz Giovanni Falcone, de sua esposa e de três policiais. (ANSA)

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