A Itália está planejando construir a maior ponte suspensa do mundo, ligando o continente italiano à ilha da Sicília. Este projeto ousado busca criar uma estrutura gigante de cerca de 3.300 metros sobre o Estreito de Messina, uma das áreas mais movimentadas da Europa.
Se tudo der certo, a ponte proposta terá um vão de suspensão 60% maior do que o da atual detentora do recorde, a ponte Çanakkale de 1915, na Turquia. Apesar de tentativas anteriores de conectar a Sicília à Itália continental, o projeto enfrenta desafios significativos.
Ao longo da história, desde a Roma antiga, governantes sempre sonharam em construir uma ponte sobre o Estreito de Messina. No entanto, projetos anteriores foram interrompidos por diversos desafios, tornando essa uma verdadeira saga.
Mesmo após uma tentativa nos anos 2000 liderada por Silvio Berlusconi, que foi arquivada devido a restrições orçamentais, o interesse ressurgiu sob o governo de Giorgia Meloni.
Os defensores destacam benefícios econômicos, como a criação de empregos e melhorias na conectividade do sul da Itália. O governo planeja concluir a ponte em 15 anos, com um orçamento de 12 bilhões de euros — cerca de 64 bilhões de reais.
Apesar do entusiasmo, há críticas quanto à transparência do financiamento e preocupações com a possibilidade de envolvimento do crime organizado, dado o histórico da região com a máfia. Ambientalistas e cientistas também alertam para os riscos sísmicos, exigindo uma avaliação abrangente e estratégias de mitigação.
Apesar dos desafios, o ministro das Infraestruturas italiano, Matteo Salvini, continua apoiando o projeto, mostrando determinação em transformar esse sonho em realidade.
A Itália está pronta para superar obstáculos e marcar um capítulo histórico na engenharia e na visão de futuro do país.