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Itália: Menos de 10% das mortes têm como causa direta o coronavírus

80% dos pacientes que morreram na Itália tinham duas ou três pré-morbidades

Quase 80% dos pacientes que morreram na Itália tinham duas ou três pré-morbidades

O número de mortos pelo coronavírus na Itália vem aumentando assustadoramente a cada dia. Segundo o último relatório divulgado nesta sexta-feira (27), pela Proteção Civil, 86.498 foram contaminadas desde o inicio da pandemia e 9.134 morreram, tornando oficialmente, até então, o país com o maior número de vítimas.

Mas para Walter Ricciardi, representante da Itália no Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e consultor especial sobre a epidemia, do Ministério da Saúde, a forma como as mortes são registradas no país pode estar impactando no alto número de óbitos entre os italianos. “Por que há tantas mortes na Itália? A questão é a codificação da morte: somente para uma minoria o vírus é a causa real”, diz o especialista em entrevista ao portal TPI.

Walter Ricciardi é representante da Itália no Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Menos de 10% das vítimas de fato tiveram como causa direta da morte a Covid-19, enquanto que quase 80% dos pacientes que morreram tinham duas ou três pré-morbidades. “A codificação da causa da mortes, que é realizada em uma base regional, é muito generosa ao atribuir a causa direta da mortalidade ao vírus. Mas, como demonstram os procedimentos de verificação do Istituto Superiore di Sanità, o vírus foi a causa direta da morte apenas em uma minoria de casos, embora certamente tenha infectado e desencadeado um agravamento das condições do paciente”, explica Ricciardi.

No relatório do Instituto Nacional de Saúde da Itália, apresentado no dia 26 de março, com a análise de 2.074 mortes no país, apenas 15 pacientes (2,1%) não tinham quaisquer condições médicas anteriores. Do total, 50,7% dos óbitos eram de pessoas que tinham três ou mais problemas de saúde, outros 25,9% tinham duas e 21,3% tinham uma patologia.

Entre os problemas mais comuns registrados entre os mortos com comorbidade, 73% era de hipertensão, 31,3% de diabetes e 23,7% de arritmias cardíacas.

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