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Itália continua como maior produtora mundial do vinho em 2021

Apesar da queda de produção de 9% (44,5 milhões de hectolitros), a Itália continua como maior produtora mundial do setor

Itália maior produtora vinho
Itália continua como maior produtora mundial do vinho

A produção mundial de vinho em 2021 deverá ser 4% menor do que em 2020, com uma estimativa média de 250,3 milhões de hectolitros (mais de 33 bilhões de garrafas). 

Este valor – publicado pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) em um relatório baseado em informação recolhida em vinte e oito países – aproxima-se do nível de 2017, considerado o mais baixo da história.

Só na União Europeia, “devido às geadas do final da primavera e às condições climáticas geralmente desfavoráveis”, diz a OIV, a perda é de 21 milhões de hectolitros ano a ano (-13%) com uma produção de 145 milhões de hectolitros (excluindo suco e mosto).

Enquanto alguns países estão melhor com resultados aumentados, como Portugal (6,5 milhões de hectolitros + 1%), Romênia (5,3 milhões de hectolitros + 37%), Hungria (3,1 milhões de hectolitros + 4%) e Alemanha (8,4 milhões de hectolitros + 4%), os maiores produtores mundiais estão apresentando um claro declínio. 

A Itália, maior produtora mundial do setor, apresenta queda de produção de 9% (44,5 milhões de hectolitros). 

A França, segunda em 2020, produziu apenas 34,2 milhões de hectolitros, uma queda de 29% em relação ao ano anterior. 

Acrescentando episódios de míldio (um fungo parasita) às desvantagens das vinhas europeias, a França “foi quem mais sofreu com os efeitos de uma safra desastrosa”, diz o relatório.

Essa retração – “seu menor volume de produção desde 1957”, segundo Pau Roca, Diretor-Geral da OIV – permitiu que a Espanha (35 milhões de hectolitros, ou -14%) assumisse, por uma margem estreita, o segundo lugar mundial. Um evento que não acontecia desde 2013.

Itália, Espanha e França representam 45% da produção mundial. No geral, esses três países perderam cerca de 22 milhões de hectolitros em comparação com 2020.

Por outro lado, 2021 está se revelando um ano muito bom para os vinhedos do hemisfério sul (exceto para a Nova Zelândia e seus -19%). 

Produção recorde foi registrada na América do Sul (+ 60% para o Brasil, + 30% para o Chile, + 16% para a Argentina), África do Sul (10,6 milhões de hectolitros + 2%) e Austrália (14,2 milhões de hectolitros + 30%). 

Os Estados Unidos também tiveram um aumento de 6%, com 24,1 milhões de hectolitros.

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