A província de Rieti, na região de Lazio, lidera no número de empresas administradas por estrangeiros nos setores de agricultura, hotelaria, construção, manufatura e comércio.
Entre 2010 e 2022, a província registrou um aumento de 74% no número de empreendedores estrangeiros, totalizando 1.358 negócios, bem acima da média regional.
Latina segue com um aumento de 51,6%, Roma com 51,2%, Viterbo com 48,2% e Frosinone com 36,7%.
Outro dado relevante é a participação feminina entre os líderes empresariais estrangeiros: em Rieti, 22,8% das empresas são geridas por mulheres, superando a média regional de 22,7%.
Enquanto isso, as empresas de propriedade italiana seguem uma trajetória inversa. No mesmo período, a província de Rieti registrou uma queda de 9,7% no número de negócios italianos, a maior do Lazio.
As outras províncias também tiveram perdas, como Viterbo (-8,5%), Latina (-7,2%), Roma (-4,4%) e Frosinone (-3,3%). Esses dados foram analisados pelo Ufficio Studi da Confartigianato Imprese Rieti, com base em informações sobre residentes estrangeiros.
Em 2023, a província de Rieti contava com 13.636 estrangeiros, representando 9,1% da população local.
O município de Rieti concentra o maior número de estrangeiros residentes (3.472), seguido por Fara in Sabina (1.963), Poggio Mirteto (807), Scandriglia (491) e Stimigliano (487).
A comunidade romena é a maior, representando 33,5% da população estrangeira, seguida por albaneses (5,7%) e ucranianos (5,1%). Há também uma presença significativa de asiáticos (4%, com destaque para paquistaneses e afegãos), nigerianos e marroquinos (3,5%), além de peruanos e brasileiros (1,5%). Entre os 438.295 trabalhadores estrangeiros registrados no INPS do Lazio, 1,8% estão na província de Rieti.
Um estudo do Ufficio Studi da Confartigianato, organização italiana que representa artesões e micro e pequenas empresas, destaca que, em nível nacional, uma em cada dez empresas é gerida por estrangeiros. Entre 2010 e 2022, enquanto os negócios geridos por italianos sofreram uma redução de 10%, as empresas de migrantes cresceram cerca de 40%.
Os cidadãos não pertencentes à União Europeia representam 57% desse total.
A vitalidade do empreendedorismo estrangeiro está ligada ao perfil dos migrantes, que geralmente são pessoas mais dinâmicas, abertas a riscos e com alta capacidade de adaptação.
Quase três quartos das empresas lideradas por estrangeiros são individuais, e 60% delas têm mais de três anos de existência.