Segundo jornal americano, a pandemia fez aumentar a procura por dupla cidadania
Americanos estão descobrindo que ter uma segunda cidadania ou residência permanente em outro país pode ser um boa em tempos de pandemia.
Alguns vêem isso como uma espécie de apólice de seguro, uma forma de garantir a liberdade de movimento no futuro, diz o The New York Times, em extensa reportagem.
De acordo com a publicação, o novo tempo livre em casa permitiu que as pessoas se envolvessem em um laborioso processo de pesquisa e pedidos, algo que vinha em suas listas de tarefas há anos.
“A pandemia realmente me permitiu chegar ao básico”, disse em entrevista Juliana Calistri, 46, moradora de Nashville. “Você olha o que você precisa na vida e o que é mais importante. É minha família, e não coisas. Essa identidade e essa cultura é exatamente quem e o que eu sou”.
Crescida em Chicago, Calistri foi cercada por tudo que era italiano: música, comida e idioma. Os avós partiram de Bagni di Lucca, Itália, e embora seu pai tenha nascido em Chicago, ele falava italiano antes de falar inglês.
“Se você me pedir para assar, vou fazer biscoitos com limão, não biscoitos de chocolate e aveia com passas”, disse ela. E completa: “ser italiana sempre foi minha identidade”.
Calistri planeja se mudar para a Itália com sua filha de 9 anos e sua mãe de 73 anos assim que receber seu novo passaporte.
A queda do todo-poderoso
O passaporte dos Estados Unidos não é tão poderoso como costumava ser.
Segundo consultoria ouvida pelo NYT, o índice de mobilidade do passaporte americano – mais destinos sem necessidade de visto – cai de 171 países em 2019 para 87 em 2020 (mas o número foi atualizado para 85 após a reportagem).
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