Um imigrante residente no Veneto, no norte da Itália, há uma década teve um problema peculiar ao solicitar a cidadania italiana por naturalização: suas condenações anteriores, incluindo três infrações relacionadas ao consumo excessivo de álcool, foram determinantes para que o Ministério do Interior e o Tribunal Administrativo Regional do Lazio negassem seu pedido.
A obtenção da cidadania italiana por naturalização, por tempo de residência no país, no caso em questão, não é apenas uma formalidade, mas um processo sujeito à avaliação criteriosa das autoridades, incluindo requisitos como ausência de antecedentes criminais, sustentabilidade financeira e integração na sociedade italiana.
Segundo o jornal Il Gazzettino, além dos três delitos relacionados ao álcool, havia também uma violação das normas de proteção da fauna selvagem.
Os advogados do imigrante destacaram sua integração de uma década na comunidade veneta e argumentaram que as infrações eram “muito distantes”. No entanto, os juízes mantiveram a recusa, ressaltando a necessidade de uma “adesão convicta aos valores fundamentais do sistema legal”.
Aparentemente, o fato de você diferenciar entre uma pizza margherita e uma capricciosa não é o suficiente para ganhar o coração (ou, neste caso, a cidadania) dos italianos. É preciso ter um comportamento que demonstre respeito às leis e adesão aos valores de convivência civil.
Quais são os requisitos para a cidadania italiana por tempo de residência?
Obter a cidadania italiana por naturalização não é um direito automático, mas uma concessão sujeita à discricionariedade da administração.
Para adquiri-la, é necessário cumprir um período mínimo de residência (10 anos para não comunitários, 4 para europeus), e seguir diversos critérios.
Entre estes, a ausência de antecedentes criminais, a capacidade financeira de sustento independente e, crucialmente, a integração na sociedade italiana, evidenciando respeito às leis e adesão aos valores de convivência civil.