Siga o Italianismo

Olá, o que deseja procurar?

Arte & Cultura

Brasileira é a primeira a participar do lendário calendário Campari

Jéssica Sanchez. Foto: Reprodução Carta Premium

Jessica Sanchez está entre os seis bartenders do mundo escalados para o projeto, que tem formato de curta-metragem

Jessica Sanchez, do Vizinho Gastrobar, bar da Avenida das Américas no Rio de Janeiro, é o rosto, quer dizer, as mãos brasileiras que vestem as luvas vermelhas desta edição do Red Diaries — o novo formato do calendário Campari, que deixou o papel para ganhar as telas em formato de curta-metragem. No filme “Entering Red”, dirigido pelo italiano Matteo Garrone (de “Dogman”), lançado na Itália, a mixologista faz aparições enigmáticas que ajudam — ou não — a atriz cubana Ana de Armas (de “Blade Runner 2049” ) a encontrar o negroni perfeito em Milão.  O coquetel mais famoso feito com gim, vermute tinto e o aperitivo italiano completa 100 anos e é o mote da trama.

Trata-se de uma estreia luxuosa como atriz da menina de família mórmon que, até os 17 anos, nunca tinha experimentado uma gota de álcool sequer e hoje, aos 29, concilia a rotina de mãe bartender e empresária.

“Dez anos atrás, era um desafio estar atrás do bar fazendo coquetéis, não via mulheres fazendo isso”, diz Jessica, orgulhosa por estar entre os seis bartenders do mundo escalados para o projeto. “É como uma recompensa ser reconhecida pelo meu trabalho dentro e fora do meu país e, se isso servir de inspiração para outras mulheres, é melhor ainda”.

Passada a primeira barreira, ela encara a diferença de gênero no bar de forma pragmática.

“Vejo as coisas acontecerem de forma igual para homens e mulheres. Além da questão de gênero, a sua orientação sexual, cor e classificação social são pontos muito fortes de preconceito”, ressalta Jessica, que dá pouca atenção e esses embates. “A forma como você reage a isso diz mais do que a ação em si. Sou muito segura do que eu represento e do que eu posso fazer. O vitimismo é muito negativo”.

Deixa o seu comentário:

Outros artigos do Italianismo

Comer e beber

Feito com gin, Campari e vermute rosso, o clássico negroni foi “inventado” em 1919 Deixa o seu comentário: