Segundo os últimos dados divulgados pela Fondazione ISMU, o número de aquisições de cidadania italiana teve um crescimento de quase 10% em 2022.
No total, aproximadamente 133 mil pessoas se tornaram cidadãs italianas, sendo 50,9% mulheres e 49,1% homens. Esses números representam um aumento de 9,7% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 121.457 novos cidadãos.
Os dados foram elaborados com base nas informações do Istituto Nazionale di Statistica (Istat) e do Eurostat. Em média, durante o ano de 2022, uma pessoa se tornou italiana a cada 38 estrangeiros residentes no país.
Aquisições de cidadania italiana – Anos 2012-2022
Nos últimos dez anos, observou-se uma variação, partindo dos valores mínimos de 65.383 em 2012, atingindo os picos de 178.035 em 2015 e 201.591 em 2016, para depois diminuir para 146.605 no ano seguinte (2017) e 112.523 em 2018, e, por fim, apresentar uma tendência de crescimento nos últimos quatro anos, embora em menor proporção.
Dentre os países da União Europeia, os dados mais recentes do Eurostat, referentes a 2021, revelam que a Suécia é o país com a maior taxa anual de aquisição de cidadania (uma a cada 10 estrangeiros residentes), seguida pelos Países Baixos (uma a cada 19) e pela Romênia (uma a cada 22).
A Itália ocupa o nono lugar nessa classificação. É interessante notar que, de 2014 a 2021, a Itália manteve-se entre a quinta e a décima posição na lista.
No ano de 2021, os principais grupos que obtiveram a cidadania italiana foram:
- Albaneses (22.493)
- Marroquinos (16.588)
- Romenos (9.435)
- Brasileiros (5.460)
- Bengalis (5.116)
- Indianos (4.489)
- Paquistaneses (4.410)
- Argentinos (3.669)
- Moldavos (3.633)
- Egípcios (3.531)
O alto número de aquisições por parte de brasileiros e argentinos se deve à possibilidade de reconhecimento por meio do ius sanguinis, ou seja, graças à presença de ancestrais italianos. (Foto: Depositphotos)