Enquanto alguns prefeitos italianos dificultam a vida dos ítalo-descendentes com discursos de intolerância e obstáculos burocráticos, Massafra, no sul da Itália, escolheu caminhar na direção oposta. Com decisões práticas e foco no atendimento ao público, o município demonstra que respeitar direitos não é apenas possível, mas necessário.
Nesta segunda-feira (10), o Conselho Comunal de Massafra aprovou por unanimidade a atualização do regulamento que trata da cidadania italiana iure sanguinis – direito concedido a descendentes de italianos pelo vínculo sanguíneo.
Investimento em estrutura e pessoal
Segundo a conselheira Annamaria Scarcia, a administração já adotou medidas para acelerar os trâmites. Entre elas, está o reforço na equipe do Ufficio Anagrafe, setor responsável pelos serviços de Registro Civil. A meta é clara: reduzir prazos e qualificar o atendimento aos cidadãos.
Durante o debate, o clima foi de apoio. O conselheiro Cardillo elogiou o comprometimento dos servidores e defendeu mais investimentos no setor. Já Maurizio Ludovico destacou que as mudanças buscam valorizar o trabalho interno e fortalecer o serviço público local.

Um contraste com outras administrações
A iniciativa de Massafra chama atenção especialmente porque vai na contramão do que se vê em outras cidades italianas. Em vez de restringir o acesso ou criar empecilhos administrativos, a gestão pugliese aposta no diálogo, na eficiência e no respeito à lei.
Num momento em que tantos descendentes enfrentam entraves para comprovar sua origem italiana, a atitude de Massafra representa um sopro de bom senso. Mais do que uma simples atualização normativa, a decisão traduz compromisso com a cidadania e com a história compartilhada entre Itália e seus descendentes ao redor do mundo.
O reconhecimento da cidadania italiana deve ser tratado com seriedade, não como uma “concessão” arbitrária.






















































