O Museu de Cinema de Turim, na Itália, concedeu nesta segunda-feira (7) o prêmio “Stella della Mole” para o cineasta norte-americano Martin Scorsese pelo conjunto de sua obra.
O reconhecimento, atribuído a grandes protagonistas do cinema mundial pela contribuição pessoal ao desenvolvimento da arte, foi entregue pelas mãos do presidente do Museu do Cinema, Enzo Ghigo, e do diretor Domenico De Gaetano, durante cerimônia no prédio Mole Antonelliana.
O evento contou com a presença da filha de Scorsese, Francesca, do vencedor do Oscar Giuseppe Tornatore, o ator Willem Dafoe, e os roteiristas Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo.
“Esta é uma noite de gala para um convidado excepcional que temos orgulho de receber”, declarou Ghigo, enfatizando que Scorsese “é a materialização da história do cinema” e já “passou pelo passado, pelo presente e pelo futuro”.
Antes da homenagem, Scorsese participou de uma coletiva de imprensa, na qual disse que não está se despedindo do cinema e garantiu que ainda tem muitos filmes para fazer.
“Não, eu absolutamente não quero dizer adeus ao cinema. Ainda tenho alguns filmes para fazer, espero que Deus me dê força e sol para fazê-los”, afirmou o diretor de “Taxi Driver” (1976), “Touro Indomável” (1980), “Os Bons Companheiros” (1990), “Os Infiltrados” (2006) e “O Aviador” (2004).
O diretor também explicou que “o filme sobre Sinatra foi adiado, bem como aquele sobre Jesus em que está trabalhando” e disse que estava “grato à Sicília e aos sicilianos pela recepção que me deram, mais uma vez” ao filmar o documentário sobre os antigos destroços gregos e romanos. Seus pais eram de vilarejos da região de Palermo.
Scorsese foi convidado pela primeira vez para ir ao Museu Nacional do Cinema, que em 2013 criou uma exposição dedicada a ele em colaboração com a Deutsche Kinemathek e que exibe os figurinos originais do longa “Gangues de Nova York” em sua exposição permanente. (ANSA)