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Italiana volta à escola aos 90 anos: ‘Meus colegas são como meus netos’

Annunziata Murgia é a pessoa mais velha a frequentar aulas em sua classe noturna depois que a Segunda Guerra Mundial arruinou seus estudos

Italiana 90 anos
Italiana volta à escola aos 90 anos | Il Messaggero

Uma mulher italiana que perdeu a educação formal por causa da Segunda Guerra Mundial voltou à sala de aula aos 90 anos, em Dolianova, na Sardenha.

Annunziata Murgia é a pessoa mais velha de sua turma noturna a frequentar aulas para a licenza media, ou diploma do ensino médio, um exame normalmente feito por crianças no ensino médio aos 14 anos.

“Gosto de estudar, sempre gostei”, disse ela ao Il Messaggero. “Mas quando a guerra estourou tudo mudou para mim. Eu tive que ir trabalhar pois minha família lutava e eu tinha que fazer minha parte. Só quem tinha dinheiro podia estudar”, conta Annunziata.

Ela disse que aprendeu a costurar quando criança e se tornou costureira. Mas lia muitos livros, e por isso “estudava sozinha, sempre que podia”.

Suas paixões são história e música. “Sempre amei livros de história, até porque vivi boa parte da história escrita em livros – vi as consequências da primeira guerra mundial e vivi a segunda”.

Marina Pilia, professora de literatura da escola, descreveu Annunziata como uma aluna muito apaixonada e engajada.

“Apesar de ter algumas dificuldades de audição e não estar na melhor forma devido a uma queda, ela participa ativamente das aulas, principalmente de história”, disse Marina.

Annunziata Murgia: “Quando a guerra estourou, tudo mudou para mim. 
Eu tive que ir trabalhar, pois minha família lutava e eu tinha que fazer minha parte. Só quem tinha dinheiro podia estudar”

A escola atende principalmente adultos e aqueles com idade entre 16 e 20 anos que precisam refazer os exames escolares. A idade média dos alunos da turma de Annunziata é de mais de 40 anos, alguns dos quais também estão se preparando para o diploma do ensino médio.

“Muitas vezes são mulheres que recuperam os estudos depois de terem filhos, ou pessoas que nunca obtiveram o diploma e precisam dele para trabalhar, pois é o requisito mínimo de escolaridade”, disse Pilia.

A última pessoa da faixa etária de Annunziata a fazer o exame na escola foi uma mulher de 87 anos, em 2016.

Annunziata disse que seus professores são “fantásticos” e os colegas são “como meus netos”.

“Alguns me acompanham em casa à noite, quando está escuro”, acrescentou. E ela está pronta para o exame. “Vou dar tudo de mim.”

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