A Itália está em primeiro lugar no mundo no combate ao desperdício alimentar.
Isso é confirmado pelo FSI, Food Sustainability Index 2021, estudo desenvolvido pelo The Economist com a Fundação Barilla, que analisa a relação alimentos-saúde-ambiente em 78 países por meio de 38 indicadores.
Na Itália, estima-se que o desperdício alimentar per capita anual ao nível dos agregados familiares seja de cerca de 67 kg, no setor de restaurantes é de 26 kg, enquanto na distribuição é de 4 kg, o valor mais baixo registrado entre os países analisados pelo índice.
“A Itália pode ser tomada como referência na luta contra o desperdício de alimentos, problema que afeta globalmente um terço dos alimentos produzidos”, afirma a diretora de pesquisa da Fundação Barilla, Marta Antonelli.
Graças às estratégias e políticas implementadas para combater o fenômeno. Entre elas está a Lei Gadda que facilitou, também por meio de benefícios fiscais, a doação de excedentes alimentares a organizações sem fins lucrativos, que aumentou 21% no primeiro ano de sua entrada em vigor. Uma intervenção regulatória reconhecida como uma das melhores práticas em todo o mundo.
Entre os outros parâmetros destacados pelo índice, a Itália teve um bom desempenho em termos de qualidade e expectativa de vida em nível europeu e o baixo nível de desnutrição ou desnutrição infantil.
Embora o desperdício de alimentos seja um problema global, menos de um terço (28%) dos países analisados mostram que possuem uma estratégia dedicada.
Nesse contexto, os cinco países com as melhores políticas em vigor são Itália, França, Estados Unidos, Alemanha e Argentina.
Globalmente, as perdas de alimentos entre os 19 principais rankings não ultrapassam 3% da produção total de alimentos, em comparação com a média geral de 6%.
O desperdício doméstico de alimentos também está abaixo da média (85 kg de alimentos desperdiçados per capita por ano) em quase 40 países do FSI, segundo o Corriere.