Cidadãos italianos vacinados no exterior também poderão ter acesso ao “passe verde”, certificado criado pelo governo para pessoas imunizadas, curadas ou testadas para Covid-19.
No entanto, ainda não está claro se a Itália vai aceitar também as vacinas russas e chinesas, bastante utilizadas na América Latina, que conta com uma grande comunidade italiana.
“Finalmente chegou a circular do Ministério da Saúde, tão esperada por centenas de milhares de italianos que se vacinaram em países de fora da União Europeia e que precisam do passe verde na Itália”, diz o senador Ricardo Merlo, presidente do Movimento Associativo dos Italianos no Exterior (Maie).
Até o momento, o certificado sanitário é concedido a pessoas curadas da Covid há no máximo seis meses, que tenham testado negativo em exames PCR ou de antígeno há no máximo 48 horas ou vacinadas com as fórmulas da AstraZeneca, Janssen, Moderna ou Pfizer.
No entanto, Merlo diz que ainda não se sabe “o que acontecerá com aqueles que tomaram doses de vacina russa ou chinesa”. “São casos inumeráveis, basta pensar que a Argentina e a Venezuela usam a Sputnik V, enquanto outros países da América Latina usam a vacina da Sinovac [Coronavac]”, acrescentou.
O governo também ainda não explicou se o passe verde poderá ser usado por italianos residentes em países de risco, como o Brasil, para viajar à Itália. Atualmente, o certificado é utilizado para viagens na União Europeia, mas, a partir de 6 de agosto, também será cobrado em teatros, cinemas, academias, feiras, congressos e áreas cobertas de bares e restaurantes. (Ansa)