O conselho científico que assessora o governo da Itália no combate à pandemia do novo coronavírus vai se reunir nesta semana para decidir se revoga a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre, assim como já fizeram países como Estados Unidos e França.
Tanto o premiê Mario Draghi quanto o ministro da Saúde, Roberto Speranza, pediram um parecer sobre o assunto para o colegiado, que é formado por médicos de diversas especialidades, estatísticos e representantes das principais agências sanitárias italianas.
Informações de bastidores apontam que o governo já trabalha com algumas datas para a derrubar a obrigatoriedade no uso de máscaras ao ar livre, como 5 de julho ou, no mais tardar, sete dias depois.
“Não podemos perder mais tempo, seria um sinal inclusive para os turistas que querem vir para a Itália, devemos ser totalmente atrativos”, disse no último sábado (19) o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.
O comitê, no entanto, se mantém cauteloso por causa do risco de difusão de variantes do Sars-CoV-2 – o Reino Unido já foi obrigado a adiar o relaxamento de restrições devido a um aumento nos casos provocado pela variante Delta.
A Itália acumula quase 4,3 milhões de casos e pouco mais de 127 mil mortes na pandemia, mas os números diários voltaram aos patamares pré-segunda onda. Mais de 50% da população está ao menos parcialmente vacinada contra a Covid-19, enquanto mais de um quarto já concluiu o ciclo de imunização.