Era 9 de março e a Itália surpreendia o mundo com o anúncio de um lockdown. Exatamente um ano após o primeiro bloqueio, o país corre o risco de fechar novamente para tentar conter o avanço da Covid-19.
A decisão está tomada e o Decreto do Presidente do Conselho de Ministros (DCPM) será modificado. Novas proibições entrarão em vigor talvez já no próximo fim de semana, segundo o jornal Corriere.
O governo solicitou o parecer da comissão técnico-científica que recomendou que novas regras sejam estabelecidas.
Em cima da mesa está a hipótese de zona vermelha em todos os fins de semana ou, mais dramática, três semanas de bloqueio generalizado.
100 mil mortos
O anuncio de um novo lockdown total vem um dia após a Itália contabilizar 100 mil mortos.
De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, desta segunda-feira (8), o país contabiliza agora 100.103 vítimas da Covid e 3.081.368 casos de contágio confirmados, após um acréscimo de 13.902 em 24 horas.
A Itália é apenas a sexta nação do mundo a ultrapassar o número de 100 mil mortos na pandemia, se juntando a Estados Unidos (525.046), Brasil (265.411), México (190.604), Índia (157.853) e Reino Unido (124.736).
Além disso, o país tem a sétima maior taxa de mortalidade por Covid-19 em todo o planeta, com 166 óbitos para cada 100 mil habitantes.
A Itália ganha apenas de San Marino (225/100 mil), República Tcheca (204/100 mil), Bélgica (195/100 mil), Eslovênia (188/100 mil), Reino Unido (188/100 mil) e Montenegro (171/100 mil), segundo a Universidade Johns Hopkins.
O país levou 276 dias para superar 50 mil mortes por Covid-19, porém foram necessários apenas 105 para dobrar essa marca.
A Itália vive um momento de alta na curva epidemiológica, e a média móvel de casos em sete dias chegou a 20.454, maior número desde 6 de dezembro.