Quase um em cada dois italianos (46%) não entendeu as razões da crise política que vive o governo da Itália.
Uma grande perplexidade, provavelmente agravada pelo momento dramático que a Itália e o resto do mundo estão enfrentando na luta contra a pandemia.
Esse é o ponto principal que aparece na pesquisa realizada pela Ipsos, para o canal La7.
Mas se um país praticamente dividido ao meio pensa sobre essa questão, a opinião dos italianos se reagrupa, rejeitando decisivamente a estratégia política do líder da Itália Viva Matteo Renzi.
Ele está engajado por quase três semanas em um duro e cansativo cabo de guerra contra o Palazzo Chigi e os aliados do Movimento 5 Stelle e o Partido Democrata.
Italianos: Renzi busca seus interesses pessoais com a crise
Na crise, segundo 73% dos entrevistados, Renzi busca principalmente seus “interesses pessoais ou seu lado político”.
Apenas uma parte residual dos italianos (13% para ser preciso), em vez disso, argumenta que o ex-primeiro-ministro está colocando os interesses do país em primeiro lugar; enquanto 14% responderam que não tinham uma opinião clara sobre o assunto.
No caso de eventuais eleições antecipadas, não é certo que o partido de Renzi conseguiria manter seus assentos na Câmara (30) e no Senado (17).
O partido, no entanto, aparece nas pesquisas de intenção de voto abaixo da cláusula de barreira de 3% para entrar no Parlamento.
Conte tem 55% de preferência
O primeiro-ministro Giuseppe Conte, embora em menor grau em comparação com o período da primeira onda da pandemia, goza de um amplo consenso em comparação com seus concorrentes políticos.
E também neste caso, em confronto direto com o líder do Italia Viva, o levantamento da Ipsos mostra que o premiê é preferido por 55%, enquanto Renzi é preferido por apenas 10% da amostra examinada; 35% não opinaram.
A valorização de Conte, o professor que caiu na política, continua alta (51% contra 27%) até na comparação com o secretário da Lega, Matteo Salvini.