Diretor de museu espera que turista austríaco seja julgado na Itália
Um turista austríaco que visitava a cidade de Possagno, na província italiana de Treviso, danificou o pé de uma estátua do século XVIII criada por Antonio Canova.
Enquanto tirava uma selfie, ele partiu dois dedos da obra Paolina Borghese. Assustado, o turista fugiu do local.
O ato desastrado ocorreu na sexta-feira (31) e irá obrigar o Museu Canova de Possagno, a realizar alterações na obra e a recorrer a moldes de gesso de valor inestimável.
O diretor do museu, citado pelo Corriere della Sera, defende que o “turista deve ser detido” pelo menos durante um dia ou dois para “entender a gravidade do absurdo sem precedentes que cometeu. Espero que ele seja julgado na Itália”.
“Este episódio não vem de visitantes italianos ou de cidadãos de fora da União Europeia, mas de um turista austríaco inconsciente que decidiu posar para uma foto sentado na Paolina Borghese, quebrando os dedos dos pés. Uma cicatriz inaceitável”, acrescentou.
Quem foi Antonio Canova
Nascido em Possagno em 1757, o escultor Antonio Canova se destacou com seu estilo inspirado na arte da Grécia Antiga.
Porém, desenvolveu seu próprio estilo a partir de sua leitura da arte greco-romana.
Estudou escultura e desenho na cidade de Veneza, entretanto, foi em Roma que realizou grande parte do seu trabalho artístico.
É considerado como o maior escultor europeu desde Gian Bernini, também italiano.
Suas esculturas, principalmente de figuras humanas, são caracterizadas pela perfeição e pelo movimento.
Entre as principais obras de Canova estão “Orfeu“, exposta no Museu Hermitage, de Moscou; “Teseu vencendo o Centauro“, no Kunsthistorisches Museum, em Viena; “Teseu vencendo o Minotauro“, no Victoria and Albert Museum, em Londres; e “Perseu com a cabeça da Medusa“, que pode ser vista no Museu do Vaticano.