A TAP decidiu encerrar as operações de Manutenção e Engenharia Brasil (TAP ME), como parte do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas em dezembro.
De acordo com José Gomes Ferreira, analista da SIC, o que se passou com a TAP nas últimas semanas foi o que aconteceu com o Novo Banco em 2014: a empresa foi dividida.
Na TAP “boa” “ficaram algumas rotas europeias e para a América Latina e África que são rentáveis, e alguns aviões e slots”. Já na “má” “ficou um conjunto de coisas que ainda não conhecemos verdadeiramente”, explicou Ferreira.
Em análise no Jornal da Noite, ele afirmou ainda que serão os contribuintes portugueses que terão que pagar dezenas, “senão centenas, de milhões de euros” em indenizações e rescições de contratos no Brasil.
Mas a reestruturação da transportadora aérea portuguesa não fica por aqui. Existem outras empresas que podem estar em causa, nomeadamente, a Portugalia – “que nunca deu lucro” – e a Groundforce.
“Se calhar só vamos conhecer as consequências negativas da TAP má, depois do dia 30 de janeiro, mas deviam ser conhecidos já os danos sociais, econômicos e financeiros”, rematou.
A decisão da TAP de encerrar as operações no Brasil não afeta a compra de passagens aéreas.