“Para quem me pergunta de onde sou, posso finalmente responder: sou metade napolitano e metade belo-horizontino!”
Nascido em Nápoles, na Itália, e formado em Ciências Políticas pela Universidade degli Studi di Napoli L’Orientale, Dario Savarese assumiu o cargo de cônsul da Itália em Belo Horizonte em junho de 2018. Casado com Irene e pais de dois filhos, Bruno e Marco, também foi homenageado, no fim do ano passado, com o título de cidadão honorário de Belo Horizonte.
Em entrevista para a coluna de Paulo Navarro, publicada no jornal O Tempo, o diplomata fala sobre família, carreira e encanto por Belo Horizonte. Confira:
O que agrega à sua carreira diplomática ser o mais novo cidadão honorário de Belo Horizonte?
Depois que me conferiram a cidadania honorária de Belo Horizonte, para quem me pergunta de onde sou, posso finalmente responder: sou metade napolitano e metade belo-horizontino! Este testemunho de amizade e estima reforçou ainda mais o meu desejo de deixar uma marca positiva nas relações entre a Itália e Minas Gerais.
Qual seu olhar para a cidade que o acolheu?
É uma cidade moderna, muito eficiente, uma verdadeira metrópole. A qualidade de vida é muito elevada e as pessoas são de uma gentileza enorme. E mesmo que chova, o azul do céu é como uma droga, cria dependência. A minha família e eu começamos a viajar também para outras partes do Estado e é maravilhoso, belezas naturais e arquitetônicas de perder o fôlego.
Casado? Filhos?
Sou casado com Irene há 5 anos e temos duas crianças, de 5 e 2 anos.
O grande número de patrícios o faz sentir em casa?
Certamente. Aqui todos são um pouco italianos e fazem questão de sublinhar isso. E quem não é italiano frequentemente mostra muita simpatia pela Itália. Além disso, come-se bem como em Nápoles e, principalmente, pode-se encontrar uma pizza boníssima, o que ajuda a não se sentir longe de casa.
Que valores traz no seu DNA?
Se falarmos dos valores que me foram transmitidos pela minha família, acredito que as coisas mais importantes são a dignidade do trabalho, a hospitalidade, a simplicidade e a amizade. A estes adicionam-se os valores institucionais da honra e da responsabilidade de representar a Itália no exterior.
E de Nápoles, sua cidade natal?
O amor pelo meu time do coração, o Napoli. Mas também uma certa veia artística. Nápoles é uma cidade que transborda maravilhas culturais e gastronômicas. E mesmo tendo já se passado dez anos desde que a deixei, carrego sempre essas coisas comigo.
Como a diplomacia entrou em sua vida?
Na universidade conheci uma moça que queria entrar para a diplomacia e que me convenceu a me inscrever em uma escola de preparação. Ela depois escolheu cursar Business School enquanto eu continuei. Eu me casei com aquela moça!
Quais atividades exerceu na carreira?
Até agora me dediquei à diplomacia econômica. Em Roma trabalhei com propriedade intelectual, sanções econômicas, luta contra a reciclagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo. Na Tunísia eu era o chefe do setor comercial. Também aqui, tenho uma atenção especial aos aspectos econômicos e às exigências das empresas.
Já carimbou passaporte em quantos países e em quais deles exerceu a função?
Na metade da Europa, Estados Unidos, Cuba e vários países do Oriente Médio e África do Norte. Trabalhei por quatro anos na Tunísia e, quando prestei serviço em Roma, participei de diversas missões no exterior em lugares muito fascinantes como o Japão e a Turquia.