A Itália está em 8º lugar entre 52 países avaliados em um novo relatório sobre melhores políticas de integração de imigrantes, produzido pelo MIPEX – Índice de Políticas de Integração de Migrantes.
No ranking divulgado nessa semana e referente ao ano de 2019, a Itália conquistou 58 pontos de um máximo de 100. Um pouco acima da média da Europa, mas questões sérias permanecem em relação ao acesso à naturalização e educação.
Segundo o estudo, as políticas na Itália mudaram pouco para os imigrantes. O país caiu 1 ponto no ranking em relação ao ano anterior devido as mudanças restritivas às políticas de naturalização e saúde. O Decreto-Lei que exige o Certificado de idioma B1, como requisito para a cidadania por naturalização, foi citado.
O relatório enfoca as políticas de integração em oito áreas principais: educação, mercado de trabalho, reagrupamento familiar, participação política, residência permanente, acesso à nacionalidade, antidiscriminação e saúde.
E foi exatamente “saúde” a área melhor avaliada. Considerada “ligeiramente favorável “, segundo o MIPEX, os serviços de saúde na Itália são, geralmente, acessíveis para imigrantes devido a uma combinação de políticas nacionais e regionais.
Todos os migrantes legais e requerentes de asilo têm o direito e o dever de se inscreverem no Serviço Nacional de Saúde (SSN). No entanto, a documentação necessária para ter acesso aos cuidados de saúde no país pode ser dificultada.
Classificação da Itália no último relatório MIPEX
Portugal no pódio
Destino mais procurado pelos brasileiros com dupla cidadania, Portugal tem uma das leis mais robustas do mundo para a integração de migrantes, segundo o MIPEX.
Segundo o estudo, Portugal tem melhorado as políticas de integração de migrantes nos últimos anos, sobretudo na saúde e educação, o que lhe rendeu 81 pontos em uma escala de 100 – e o terceiro lugar no pódio, atrás apenas de Suécia (86) e Finlândia (85), países historicamente mais receptivos aos imigrantes.
Em matéria de combate à discriminação, Portugal atingiu o máximo de 100 pontos, e é destacado pelas suas “fortes políticas” e pelos mecanismos de execução que “estão crescendo, como na consciencialização pública e denúncias”.
Classificação de Portugal no último relatório MIPEX
Logo a seguir, Portugal consegue 94 pontos em matéria de mobilidade do mercado de trabalho onde fica em “primeiro lugar, ao lado de Alemanha e dos países nórdicos” por garantir “igualdade de tratamento e apoio específico tanto para cidadãos portugueses como para cidadãos de fora da Europa”.
Na área de cidadania, por outro lado, Portugal não só obteve 86 pontos como subiu 13 em relação ao índice de 2014, destacando-se pelo seu “modelo de cidadania, líder mundial”, que foi reforçado tanto para imigrantes como para descendentes de portugueses.
Fora da Europa, os Estados Unidos obtiveram 73 pontos e a Austrália, 65.
Reino Unido, agora fora da União Europeia e a Suíça obtiveram 66 e 50 pontos, respectivamente, não oferecendo aos migrantes um futuro seguro.
O MIPEX é um trabalho da responsabilidade do Grupo para as Políticas de Migração (MPG) em parceria com o Centro de Relações Internacionais de Barcelona e é cofinanciado pela Comissão Europeia.
Ranking dos países da UE sobre políticas para imigrantes
# | PAÍS | PONTUAÇÃO |
1º | Suécia | 86 |
2º | Finlândia | 85 |
3º | Portugal | 81 |
4º | Bélgica | 69 |
5º | Luxemburgo | 64 |
6º | Irlanda | 64 |
7º | Espanha | 60 |
8º | Itália | 58 |
9º | Alemanha | 58 |
10º | Holanda | 57 |
11º | França | 56 |
12º | Estônia | 50 |
13º | República Tcheca | 50 |
14º | Romênia | 49 |
15º | Dinamarca | 49 |
16º | Eslovênia | 48 |
17º | Malta | 48 |
18º | Grécia | 46 |
19º | Áustria | 46 |
20º | Hungria | 43 |
21º | Chipre | 41 |
22º | Polônia | 40 |
23º | Bulgária | 40 |
24º | Croácia | 39 |
25º | Eslováquia | 39 |
26º | Letônia | 37 |
27º | Lituânia | 37 |