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Por que a Itália tem tantos trabalhadores autônomos? Entenda os motivos

Entenda por que a Itália tem uma das maiores taxas de trabalhadores autônomos da Europa e o que isso revela sobre sua economia.

Profissionais trabalham em espaço de coworking, modelo comum entre autônomos na Itália.
Profissionais trabalham em espaço de coworking, modelo comum entre autônomos na Itália.

A Itália está entre os países da União Europeia com maior número de trabalhadores autônomos. Esse dado, além de expressivo, ajuda a entender o funcionamento do mercado de trabalho italiano e suas particularidades econômicas.

De acordo com dados mais recentes da Eurostat, cerca de 22% dos trabalhadores italianos atuam por conta própria. A média da União Europeia gira em torno de 13%. A diferença coloca a Itália entre os líderes nesse indicador, ao lado da Grécia e da Romênia.

Fatores históricos e culturais

Parte dessa realidade tem raízes históricas. A tradição de negócios familiares, especialmente no setor de serviços e comércio, incentiva o trabalho independente. Muitas empresas italianas são pequenas e geridas por membros da mesma família, o que facilita a permanência do modelo autônomo.

Burocracia e rigidez do mercado formal

Outro fator importante é a rigidez do mercado de trabalho formal. A contratação de funcionários com carteira assinada é considerada cara e burocrática por muitos empregadores. Isso faz com que profissionais busquem alternativas por conta própria, seja como freelancers, seja como microempreendedores.

Sistema tributário e incentivos

Nos últimos anos, a Itália criou regimes fiscais simplificados para pequenos negócios. O regime forfettario, por exemplo, oferece alíquotas reduzidas e menos burocracia para quem fatura até um determinado limite anual. Esses mecanismos incentivam formalmente o trabalho autônomo.

Falta de oportunidades no mercado tradicional

A taxa de desemprego entre os jovens e a dificuldade de inserção no mercado corporativo também colaboram. Muitos recém-formados não conseguem emprego estável e optam por empreender ou trabalhar como profissionais liberais.

Setores mais comuns

Os setores com maior concentração de autônomos incluem agricultura, construção civil, transporte, comércio e atividades profissionais como arquitetura, advocacia e consultoria.

Impactos na economia

Embora o alto número de autônomos demonstre dinamismo e flexibilidade, especialistas alertam para riscos. Entre eles, a informalidade disfarçada e a precarização das condições de trabalho. Além disso, autônomos têm acesso limitado a benefícios como seguro-desemprego e aposentadoria.

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