O parlamento da Itália aprovou a Lei Orçamentária 2021, e são várias as medidas de interesse para os italianos no exterior.
Fomentar as relações culturais e econômicas entre a Itália e os italianos no exterior. Essa é a premissa básica para os recursos que serão investidos ao longo desse ano.
Imposto menor para italianos no exterior
A primeira medida diz respeito à redução de 50% do IMU (Imposto Único Municipal, pago pelos proprietários de áreas edificadas e terrenos) e 1/3 do TARI (imposto relativo ao serviço de coleta de lixo e destinação de resíduo), para os italianos que têm casa na Itália, mas vivem no Exterior.
Além disso, proprietários de imóveis na Itália que residam no exterior poderão se candidatar para receber bônus para reformas de casas.
Mais dinheiro para o Comites
Nove milhões de euros serão destinados para a restruturação dos órgãos representativos da comunidade italiana, Comites, e do CGIE (Conselho Geral dos Italianos no Exterior), que prevê implantação experimental do voto eletrônico.
Incentivo para profissionais altamente qualificados
Há incentivos fiscais – de 5 + 5 anos – para profissionais altamente qualificados, não inscritos no AIRE, que desejam retornar para a Itália. A proposta para o “retorno do cérebro” prevê condições especias de renda e imóveis.
Promoção da língua italiana no exterior
A nova lei orçamentária prevê ainda quase 135 milhões de euros para os próximos três anos para a promoção da língua e cultura italiana no estrangeiro.
Incentivo para o turismo de retorno
A criação de um fundo para incentivar o “turismo de retorno” também recebeu destaque na lei orçamentária.
Com cerca de 80 milhões de residentes no exterior e seus descendentes, esse tipo de turismo é pensado como um grande recurso para a Itália.
Há ainda apoio ao Made in Italy e à internacionalização de empresas através das Câmaras de Comércio italianas no exterior, ICE e ENIT.
Setor de restaurantes com a marca italiana no mundo também devem receber incentivos – um milhão de euros por ano, para os próximos três anos.
Por fim, notícia ruim para as escolas italianas no estrangeiro com menos de 300 alunos: elas vão perder autonomia, e incentivos financeiros.