O vice-primeiro-ministro da Itália e líder da Liga, Matteo Salvini, voltou a defender a castração química para condenados por crimes sexuais. A declaração foi feita no sábado, 25, durante o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Salvini comentou o caso ocorrido em 25 de outubro, no parque Tor Tre Teste, em Roma. Na ocasião, uma jovem de 18 anos foi estuprada por um grupo de homens diante do namorado. Três suspeitos foram presos por estupro coletivo e roubo agravado, mas a investigação aponta a possível participação de ao menos cinco pessoas. Os envolvidos, com idades entre 19 e 20 anos, já eram conhecidos das autoridades por envolvimento com tráfico de drogas.
Ao se manifestar nas redes sociais, Salvini afirmou que “conferências e sinais vermelhos no rosto não bastam” e voltou a pedir apoio à proposta da Liga: “Nossa proposta está no Parlamento. Demos um basta às violências!”.
A proposta de lei mencionada foi apresentada pela Liga em agosto de 2023. Ela prevê o uso de castração química como punição para condenados por crimes de violência sexual. O texto, atualmente parado no Senado, estabelece o bloqueio hormonal total com medicamentos agonistas do hormônio luteinizante (LHRH) ou métodos equivalentes. A aplicação do tratamento dependeria de decisão judicial, com base na periculosidade do réu.
Segundo Salvini, a proposta tem sido reiterada ao longo dos anos. Em 2019, a Liga tentou incluir a medida por meio de um emendamento ao decreto de segurança, mas recuou. Em 2022, reapresentou o tema com um pedido formal para a criação de um grupo técnico no Parlamento.
O tema, no entanto, enfrenta resistência dentro do próprio governo. O ministro das Relações Exteriores e líder do Força Itália, Antonio Tajani, já declarou ser contrário à adoção de penas corporais como a castração química.


























































