Caravaggio (1571-1610), um dos mais notáveis pintores italianos e representante do Barroco, será tema de uma exposição em Roma durante o Jubileu, celebração católica em curso na capital da Itália.
“Caravaggio 2025” fica em cartaz entre 7 de março e 6 de julho no Palazzo Barberini, e reunirá pelo menos 20 obras raramente expostas do artista, incluindo “O retrato de Maffeo Barberini”, recentemente apresentado ao público, e “Ecce Homo”, em exposição no Museu Nacional do Prado, na Espanha, e nunca vista na Itália”.
Conforme explica Maria Cristina Terzaghi, uma das curadoras da exposição, “Ecce Homo” saiu de Nápoles “a mando da vice-rainha, esposa do conde de Castrillo, que decidiu deixar a cidade e regressar a Madri após a eclosão da peste, levando consigo o quadro, que nunca mais voltou”.
“Hoje [a obra] pertence a um colecionador particular que o emprestou ao Prado, que, por sua vez, nos cede para esta exposição”, acrescentou Terzaghi.
A iniciativa, fruto da colaboração entre as Galerias Nacionais de Arte e a Galeria Borghese, também inclui clássicos de Caravaggio, como “O jovem Baco doente”, “Davi com a cabeça de Golias” e “Decapitação de São João Batista”. “São quadros que provavelmente acompanharam o artista durante sua última fuga”, diz Francesa Cappelletti, diretora da Galeria Borghese e cocuradora da mostra.
Nascido em Milão, Michelangelo Merisi, conhecido como “Caravaggio”, realizou grande parte de seu trabalho em Roma. Em seus últimos anos, após matar um homem, passou por Nápoles, Malta e Sicília. (ANSA)