A Juventus foi punida com a perda de 15 pontos no Campeonato Italiano pela justiça desportiva do país devido a fraudes fiscais nas contratações de jogadores, anunciou nesta sexta-feira (20) Federação Italiana de Futebol (FIGC).
O clube de Turim tinha sido absolvido junto com outras dez entidades no ano passado, mas o tribunal de apelação da FIGC aceitou o pedido do procurador federal de reabrir o processo devido aos elementos transmitidos pela justiça da Itália, que também investiga as contas da Juventus, segundo um comunicado da federação.
Com a perda de 15 pontos, “a cumprir na temporada em curso”, segundo os termos do comunicado, o tribunal foi além do pedido da promotoria, que havia solicitado a retirada de nove pontos.
Na Serie A, a Juventus deixa de ter 37 pontos e passa a ter 22, caindo da terceira para a décima posição na tabela – o Napoli é o líder com 47 pontos após 18 rodadas de 38.
O tribunal de apelação também suspendeu ex-dirigentes do clube: dois anos e meio para o diretor esportivo Fabio Paratici, atualmente no Tottenham, e dois anos para o ex-presidente Andrea Agnelli, que deixou o cargo esta semana. As punições são mais fortes do que as solicitadas pelo procurador federal Giuseppe Chine.
A Juventus ainda pode recorrer ao Comitê Olímpico Italiano (Coni) para reverter a punição, que compromete as chances da equipe de terminar entre os quatro primeiros do Campeonato Italiano, sinônimo de vaga na próxima Liga dos Campeões da Europa.
Após o anúncio da perda de potos, o clube informou em seu site que estava esperando “a publicação das motivações” da decisão, mas antecipou que apresentará um recurso no conselho arbitral do Coni.
Apesar de outros clubes também terem sido envolvidos a princípio, a Juve foi a principal acusada de ter superfaturado a venda de vários jogadores para registrar lucros que permitiram maquiar suas contas.
O Juventus, time com a maior torcida na Itália, também é investigada judicialmente por possíveis fraudes contábeis para limitar artificialmente seus prejuízos nos balanços apresentados aos investidores.
A promotoria de Turim pediu no início de dezembro que Andrea Agnelli e outros 11 ex-dirigentes fossem a julgamento. Esta solicitação deve ser examinada no final de março.
Pressionado pela justiça, Andrea Agneli anunciou sua renúncia no final de novembro. Seu sucessor na presidência da ‘Velha Senhora’, Gianluca Ferrero, foi nomeado oficialmente na última quarta-feira.