No ano passado, 152 mil cidadãos italianos se mudaram para países membros da OCDE, grupo que reúne nações desenvolvidas da Europa, América, Ásia e Oceania.
A maioria escolheu a Espanha como novo lar, seguida por Alemanha e Suíça. Os dados são do relatório Prospettive sulle migrazioni internazionali 2025, divulgado pela OCDE, segundo publicação no Il Messsaggero.
A saída de italianos do país se manteve estável em 2023. Entre os que deixaram a Itália, 32% foram para a Espanha, 15% para a Alemanha e 13% para a Suíça.

Itália x Espanha: os números da escolha
Italianos na Espanha
1999: 24 mil
2024: mais de 325 mil (INE)
Crescimento de mais de 1.250% em 25 anos
Motivos apontados por emigrantes
Salários mais altos
Melhor qualidade de vida
Transporte público eficiente
Jornada de trabalho respeitada
Ambiente mais aberto em direitos civis
Salário médio anual
Espanha: +15% em 10 anos
Itália: –5% em 10 anos
Desemprego juvenil (2024)
Espanha: 23% (queda de 17 pontos em 10 anos)
Itália: acima de 25%, sem recuo expressivo
Relação migratória
Para cada espanhol que vai para a Itália, 8 italianos se mudam para a Espanha
Entrada de estrangeiros caiu 16% na Itália
Em contrapartida, a chegada de migrantes permanentes na Itália teve queda de 16%. Em 2024, foram registrados 169 mil novos residentes, vindos principalmente da Ucrânia, Albânia e Romênia.
A OCDE destaca que 61% dos imigrantes entraram por motivos familiares. Os profissionais representaram 10% do total. Ainda em 2024, o país emitiu 20 mil permissões para estudantes do ensino superior e 17.300 autorizações para trabalhadores temporários e sazonais.

Migração profissional caiu, mas a humanitária subiu
Nos países da OCDE, a migração profissional recuou 21%, enquanto a humanitária aumentou 23%. Já as autorizações para trabalho temporário somaram 2,3 milhões, alta de 26% em relação a 2019.
Mesmo com o desaquecimento da economia, os mercados de trabalho seguem pressionados por falta de mão de obra, segundo Stefano Scarpetta, diretor da OCDE. Ele ressalta que a migração não resolve o envelhecimento da população, mas pode suavizar seus efeitos no mercado.
Setores essenciais contam com mão de obra estrangeira
Scarpetta também destacou o papel essencial dos migrantes em áreas como saúde, agricultura, construção civil, hotelaria e tecnologia da informação. O relatório mostra que, entre 2020 e 2021, mais de 830 mil médicos e 1,75 milhão de enfermeiros estrangeiros trabalhavam em países da OCDE. A maioria é originária da Ásia.
Na Itália, o índice de empregabilidade entre migrantes chegou a 64,7% no último ano.
































































