“Eu quero ter a liberdade de me sentir livre”, disse um engenheiro de Bolonha e residente em Riccione, uma pequena cidade italiana da região da Emília-Romanha, ao ser abordado pelos Carabinieri, uma das quatro forças armadas da Itália.
É a sétima vez em dez dias que ele é autuado.
“Quero ter a liberdade de investir minhas economias no pagamento das multas”, disse o infrator para os policiais, segundo publicação do Corriere di Bologna.
Na última vez que foi parado, o italiano andava de bicicleta calmamente sem camisa e com música nos ouvidos. Durante a abordagem, ele explicou que não ficava em casa o tempo todo porque precisava de pelo menos três horas de ar fresco por dia em razão de saúde física e mental.
Há uma semana, o engenheiro recebeu duas multas em menos de uma hora. Quase mil euros em multas naquele dia.
Aos policiais, o infrator diz saber que será levado ao tribunal por “atentado à saúde publica”, por violar intencionalmente as medidas de quarentena impostas pelo governo italiano.
No final de março, a Itália instituiu um decreto de emergência para punir de forma mais dura quem ignorar o bloqueio exigido pelo governo. Entre as medidas está o aumento do valor da multa que, anteriormente, era de, no máximo, R$ 2.100 (400 euros). Agora, quem violar as medidas poderá receber uma multa entre cerca de R$ 2.100 (400 euros) e R$ 16.400 (2.700 euros).