Alarme foi dado pela associação Adiconsum depois de analisar lotes apreendidos pela polícia
Milhares de máscaras apreendidas na Itália contém alto nível de dióxido de titânio, um possível carcinógeno para os humanos quando inalado. Tudo começou após alguns protestos de consumidores, reclamarem de irritação na pele e dos olhos após o uso da máscara.
Segundo reportagem da Rai News (clique no link para assistir), na sucursal do Vêneto, vários lotes de máscaras produzidas na China e apreendidas nesta semana pela Guardia di Finanza, a polícia financeira da Itália, foram analisadas pela Adiconsum, a associação italiana de defesa do consumidor.
O que dizem as análises químicas em laboratório?
Em 700 mascaras analisadas, incluindo a FPP2 e a de algodão, cerca de 500 apresentaram dióxido de titânio, ou E171, em quantidades que variavam de 100 ppm (correspondente a mg/Kg, ndr) e 2 mil ppm. A maior quantidade foi encontrada nas máscaras brancas ou na parte interna. Os níveis mais altos foram encontrados em máscaras cirúrgicas.
O dióxido de titânio é um aditivo, que se apresenta na forma de pó cristalino incolor, usado principalmente em cosméticos e pela indústria como branqueador.
Em 2006, o produto químico foi definido pelo IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer) como “possivelmente cancerígeno para o homem” quando inalado.
Em outubro do ano passado, a União Europeia divulgou um comunicado aos países membros classificando o dióxido de titânio como “provavelmente cancerígeno”, ou seja, uma substância pertencente à categoria 2 (sempre que inalado).
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