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Itália cobra dados sobre presídios do Brasil antes de decidir se extradita Zambelli

Justiça da Itália cobra dados sobre presídios do Brasil antes de decidir extradição de Zambelli.

Justiça da Itália exigiu do Brasil garantias sobre as condições dos presídios antes de decidir se extradita a deputada Carla Zambelli.
Justiça da Itália exigiu do Brasil garantias sobre as condições dos presídios antes de decidir se extradita a deputada Carla Zambelli.

A Justiça italiana pediu informações detalhadas sobre o sistema prisional brasileiro antes de decidir se acata o pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália desde julho deste ano.

Segundo a Agência Brasil, o Judiciário europeu quer saber para qual unidade prisional Zambelli seria encaminhada, caso a extradição seja autorizada. Também solicitou dados sobre as condições dos presídios femininos, frequência de atos de violência e intimidação contra detentas, e a capacidade da polícia penal de manter a ordem nas penitenciárias.

O pedido de esclarecimentos foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que poderá respondê-lo até o dia 14 de dezembro. Uma nova audiência da Corte de Apelação italiana foi marcada para o dia 18, quando há expectativa de uma decisão definitiva.

A Procuradoria da Itália já manifestou apoio à extradição e descartou a tese de perseguição política. No parecer enviado ao Judiciário, o Ministério Público italiano afirmou que a condenação da deputada no Brasil se baseia em “diversas e coerentes provas testemunhais e documentais”. O caso ainda poderá ser levado à Corte de Cassação, última instância da Justiça italiana.

Em maio, Carla Zambelli foi condenada por unanimidade pelo STF a dez anos de prisão, após ser considerada culpada por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela agiu em conjunto com o hacker Walter Delgatti. A decisão do Supremo também resultou na perda do mandato parlamentar e na inelegibilidade por oito anos.

Zambelli deixou o Brasil em 24 de maio, cruzando a fronteira com a Argentina por Foz do Iguaçu (PR), local sem controle migratório. Em seguida, embarcou para os Estados Unidos e, posteriormente, para a Itália, onde possui cidadania italiana.

No mesmo dia em que chegou à Itália, seu nome foi incluído na lista de difusão da Interpol. À época, a deputada declarava que pretendia ampliar na Europa a campanha de críticas ao STF iniciada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro.

Zambelli também foi condenada pelo STF a mais cinco anos e três meses de prisão, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. A pena está relacionada ao episódio de 2022, quando perseguiu um homem armada nas ruas de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais.

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