O colapso no sistema público de saúde em Manaus é notícia na imprensa italiana, neste sábado.
A capital do Amazonas, que passa por superlotação dos leitos de UTI, falta de oxigênio e estrutura nos hospitais por conta da explosão no número de infectados pela Covid-19, ganhou extensas reportagens nos principais jornais da Itália.
O La Repubblica ressaltou o drama de Manaus e descreveu que “diante de uma nova variante do vírus mais contagiosa, o estado do Amazonas se desespera. O pessoal médico é forçado a praticar a ventilação manual para manter os pacientes vivos”.
O jornal romano lembrou que “o Amazonas sofreu pesadas perdas na primeira onda da pandemia e agora é novamente atingido com força pelo aumento das infecções”.
O Corriere della Sera destacou que é “em Manaus que teria começado uma das duas mutações brasileiras do Covid-19, que agora assusta o mundo”.
Segundo a publicação, “na Amazônia, onde vigora o toque de recolher noturno, o que mais preocupa é a falta de dados confiáveis sobre o número de infectados nas comunidades indígenas”.
O La Stampa abriu a sua reportagem com as seguintes palavras: “o alerta vermelho já foi disparado na Amazônia onde o vírus sofre mutação e lota hospitais com apenas 48 horas de autonomia de oxigênio”.
O jornal de Turim escreveu que “o Covid é galopante nas Américas. Dos Estados Unidos ao Brasil, do México à Argentina” e que “a nova variante sul-americana do Sars-Cov-2 tem, acima de tudo, alertado a Organização Mundial de Saúde”.
Já o portal Quotidiano trouxe escreveu no título de sua matéria: “Covid, a variante do Brasil é assustadora, hospitais de Manaus entram em colapso”.
O Il Sole 24 ore classificou a situação de Manaus também de “assustadora”, e que o “estado do Amazonas foi duramente atingido na primeira fase da pandemia e agora é o epicentro de uma segunda onda”.
O jornal lembrou que foi a variante brasileira que convenceu o Reino Unido a proibir voos da América do Sul, Portugal e Cabo Verde.