O deputado do Partido Democrático (PD), Fabio Porta, negou a existência de qualquer acordo preliminar sobre o decreto de cidadania italiana aprovado pelo governo em 27 de março.
Em nota, Porta afirmou que continua em curso a fase de apresentação de emendas, com prazo até 16 de abril. “Não existe nenhum acordo em Parlamento sobre o decreto. Estamos trabalhando para apresentar modificações com apoio de parlamentares da Câmara e do Senado”, declarou.
A manifestação foi motivada por um post que circula em redes sociais com informações incorretas. A publicação alega que teria havido uma “vitória parcial” com a exclusão da retroatividade da nova regra e que o limite de duas gerações para transmissão da cidadania valeria apenas a partir de 28 de março de 2025.
O texto atribui ainda a Porta uma suposta declaração feita à WebTV do Senado às 14h25 de Roma, o que o parlamentar desmentiu categoricamente. “Não sou mais senador e não concedi entrevista àquela TV. Essa informação foi fabricada”, afirmou.
Segundo Porta, a oposição segue mobilizada para modificar os principais pontos do decreto, incluindo a limitação às duas gerações e a exigência de nascimento na Itália como critério para transmissão da cidadania. “Queremos preservar os direitos de quem já deu entrada nos processos e ampliar a abrangência para as próximas gerações”, disse.
O deputado destacou que também há diálogo com partidos da base do governo, e que o apoio de associações no Brasil e na Argentina tem sido fundamental. “Essa mobilização pode pressionar parlamentares da maioria a reverem sua posição. Estamos atentos e trabalhando em conjunto”, disse ao Italianismo.