Brasileiros respondem por 85% dos processos de reconhecimento de cidadania italiana por direito de sangue feitos na Itália.
Em 2017, 8.252 pessoas reconheceram sua cidadania jus sanguinis na Itália, sendo que 7.014 eram do Brasil.
Na sequência, com 549 indivíduos (6,7%), aparecem os argentinos, seguidos por marroquinos, com 109 (1,3%), americanos, com 69 (0,8%), e venezuelanos, com 65 (0,8%). Cidadãos de outras nacionalidades correspondem a 5,4% dos processos.
Os números contemplam apenas os pedidos de reconhecimento de cidadania por direito de sangue feitos na Itália, excluindo os dados referentes aos processos que tramitam na rede consular. Para reconhecer a cidadania em solo italiano, é preciso fixar residência no país durante a tramitação do pedido, que pode levar alguns meses.
Os dados são do Ministério do Interior italiano e foram transmitidos pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), e se referem ao último ano com números consolidados disponíveis.
Porém, das 7.014 cidadanias reconhecidas aos ítalo-brasileiros, quase duas mil foram canceladas por falsa residência, corrupção e outras irregularidades. Dezenas de brasileiros e oficiais italianos foram presos.
Apenas na cidade de Ospedaletto Lodigiano, na Província de Lodi, região norte da Itália, 1.188 brasileiros tiveram seus processos de cidadania italiana cancelados.
Brasileiros caem para terceiro lugar nos casos de naturalização
Ainda sobre os dados do Istat, em 2017 a Itália realizou 146.605 processos de cidadania por naturalização – tempo de residência, casamento ou outros motivos.
Os campeões foram os albaneses com 27.112 cidadanias (18,5%) e os marroquinos com 22.645 (15,4%).
Quando se leva em conta todos os tipos de cidadania, os brasileiros caem para terceiro lugar no ranking, com 9.936 pedidos (6,8%).
Juntando os pedidos de naturalização e de reconhecimento jus sanguinis (por direito de sangue), o Brasil passou a ter 16.950 novos cidadãos italianos.
Com informações de Agência Ansa
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