Publicitária pretende reunir 25 mil euros para custear processo na Itália e reverter decisão
Proibida de entrar em território italiano após ser acusada pelo ex-marido de raptar a própria filha, a publicitária paraibana Gerlane Nóbrega do Nascimento recorreu aos amigos para tentar reverter uma decisão da justiça italiana.
Nas redes, Gerlane relata como teve a filha retirada de seu convívio, há cerca de um mês, após o ex-marido processá-la na justiça italiana, mesmo tendo conquistado o direito de guarda da criança por 15 anos, no Brasil, em um acordo com pai da menina, homologados nos dois países.
A publicitária pediu ajuda para reunir 25 mil euros – aproximadamente R$ 120 mil – para custear as despesas com advogados e custas processuais na Itália para tentar mudar a situação, e ver a filha novamente.
Veja o desabafo completo abaixo ou no link
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“Oi, me chamo Gerlane Maria Nóbrega do Nascimento, sou brasileira, fui casada com um italiano e, desse matrimônio, tivemos uma filha que nasceu na Itália, Beatrice Maria Frizzarin (hoje com oito anos de idade). Ela tem de direito tanto a nacionalidade brasileira quanto à italiana.
Voltei para o Brasil com minha filha com a autorização do pai, com prazo para permanência no Brasil de 15 anos (esse documento foi registrado e com firma reconhecida em ambos os países).
No dia 25 de abril de 2019, minha filha foi levada, (contra a vontade dela), pelo pai de volta à Itália por uma injusta determinação judicial.
Durante os 05 (cinco) anos que ela conviveu aqui comigo, o pai falava com ela todos os dias por celular e veio ao Brasil, juntamente com a mãe dele, para vê-la todos os anos.
Venho, através desta vaquinha, contar com a ajuda de todos que puderem contribuir com qualquer valor, pois necessito arrecadar €25.000,00 (vinte e cinco mil euros), o que dá aproximadamente R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), para custear as despesas referentes a honorários advocatícios e custas processuais na Itália a fim de poder adquirir meus direitos de mãe de poder ver minha filha. Estou proibida de entrar na Itália devida a uma denúncia na Justiça Italiana de Rapto de Incapaz, feito pelo pai da minha filha.
No processo, sobretudo na fase de cumprimento de sentença, foi por diversas vezes alertado às autoridades brasileiras de que, em desacordo com a contrapartida exigida em convenções/cooperações internacionais, o pai não retiraria a queixa que pesa contra mim na jurisdição italiana, para que a criança, a quem a Convenção de Haia protege acima de qualquer outro interesse, pudesse conviver com ambos os genitores. O pai da criança se comprometeu perante as autoridades brasileiras a retirar a referida queixa, mas descumpriu sem o menor remorso ou constrangimento.
O que acontece hoje no Brasil é uma violência contra os pais e mães brasileiras que pagam os impostos para a manutenção da Advocacia Geral da União e, em contrapartida, recebem um atuação ferrenha deste órgão em favor de estrangeiros que aqui chegam e são agraciados com todo apoio (gratuito, ou melhor, pago com o esforço dos brasileiros) para retirar uma criança do lar onde está plenamente adaptada e é amada. Além disto, os responsáveis pelo cumprimento da Convenção em território brasileiro partem do princípio de que o nacional está errado e o estrangeiro merece toda a credibilidade. Eu e minha filha somos a prova viva (mesmo que hoje distantes uma da outra) de que o melhor interesse da criança não é respeitado, em muitos casos, pelos operadores de direito no país.
Vou questionar a atuação das referidas autoridades em todos os órgãos nacionais e internacionais possíveis. Mas, ao contrário do sentimento de vingança que norteou a atuação paterna (que redundou em um golpe no qual as autoridades brasileiras insistiram em cair), meu coração se dirige a vocês para uma luta marcada pela esperança do reencontro. A favor do amor de recíproco entre mãe e filha.
Que Deus abençoe grandemente a cada um que puderem me ajudar”.