O custo da cesta básica na Itália aumentou significativamente nos últimos cinco anos. Segundo levantamento do jornal Corriere della Sera, o valor de uma compra padrão feita em 2020 subiu 26,4% até 2025.
O comparativo foi feito com base em dois recibos do mesmo supermercado, um de fevereiro de 2020 e outro atual. A lista de produtos foi idêntica. O total passou de 66,95 euros para 84,60 euros. A diferença é de 17,65 euros.
Frutas e legumes lideram os aumentos
Os produtos que mais encareceram foram frutas e vegetais. A seca e as mudanças climáticas estão entre os fatores que pressionam os preços. Um pacote de 500 gramas de morangos, por exemplo, saltou de 2,19 euros para 3,98 euros — alta de 81,7%.
Os tomates-cereja subiram 50,5%, enquanto as bananas do tipo “mignon” tiveram o maior reajuste entre os itens analisados: 154,3%. O quilo passou de 1,84 para 4,68 euros.
Impacto direto nas famílias
Os aumentos ocorrem sem que os salários tenham crescido na mesma proporção. O resultado é a perda de poder de compra para muitas famílias. A situação é mais crítica para itens de consumo diário e alimentos essenciais.
Aumento afeta produtos da dieta mediterrânea
Dados da organização Federconsumatori apontam que alimentos típicos da dieta mediterrânea registraram os maiores aumentos da última década. O azeite de oliva teve alta de 81% por causa da seca e do aumento nos custos de produção. A pasta subiu 20,7%, alcançando 1,70 euro por quilo.
Também houve reajustes no preço do arroz, da farinha e da passata de tomate.
Carnes e proteínas também ficaram mais caras
O salmão defumado passou de 5,90 para 6,40 euros, alta de 8,5%. As caixas com quatro ovos subiram de 1,19 para 1,49 euros (+23%). O leite semidesnatado custa agora 1,89 euro, ante 1,59 euro em 2020 (+18,9%).
A água mineral também encareceu: uma caixa com garrafas de 1,5 litro aumentou 25%, chegando a 2,88 euros.
Alguns preços permaneceram estáveis
Apesar da alta generalizada, houve estabilidade em produtos como carne bovina e saladas embaladas. No entanto, as previsões indicam que os preços devem continuar em alta nos próximos meses de 2025.





























































