O vídeo gravado pelo humorista Fábio Porchat dentro da Embaixada do Brasil em Roma chamou atenção nas redes sociais e abriu um debate sobre os limites entre humor político e o uso de espaços institucionais.
A gravação ironiza a tentativa de boicote à marca Havaianas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a divulgação de uma campanha publicitária estrelada pela atriz Fernanda Torres. O vídeo circulou amplamente e gerou reações em diferentes campos políticos.
O episódio destaca uma questão recorrente. Embaixadas representam oficialmente o Estado brasileiro no exterior e, por isso, costumam ser associadas a uma postura de neutralidade. Quando esses espaços aparecem como cenário de conteúdos com leitura política, surgem questionamentos, mesmo que não haja intenção institucional.
Parlamentares da oposição reagiram à gravação. O senador Rogério Marinho afirmou que prédios governamentais não devem ser utilizados para militância e defendeu esclarecimentos por parte da Chancelaria. A crítica se concentrou no uso do local, e não no formato humorístico do vídeo.
Em nota, a Embaixada do Brasil em Roma informou que Porchat estava no local como convidado para uma confraternização de Natal. Segundo o comunicado, a gravação ocorreu sem conhecimento ou autorização prévia da representação diplomática e não envolveu recursos públicos.
O caso mostra como ações pontuais, mesmo sem planejamento institucional, podem ganhar repercussão política. Também reforça a sensibilidade em torno do uso de espaços oficiais, especialmente em um ambiente marcado por polarização e ampla circulação de conteúdo nas redes sociais.



























































