A chama olímpica voltou a arder na Itália. Vinte anos após Turim 2006, o fogo simbólico dos Jogos de Inverno de Milão-Cortina 2026 foi aceso, nesta sexta-feira (5), em uma cerimônia solene na Piazza del Quirinale, em Roma.
Responsável por acender o braseiro comemorativo, o presidente Sergio Mattarella aproveitou o momento para fazer um apelo direto à comunidade internacional: “Parem as guerras!”. Diante de líderes políticos, esportivos e convidados estrangeiros, Mattarella destacou que a paz está inscrita no DNA dos Jogos desde a Grécia antiga. “Quando os jogos aconteciam, as armas paravam”, afirmou.
Tocha da paz
Com a presença da presidente do Comitê Olímpico Internacional, Kirsty Coventry, da primeira-ministra Giorgia Meloni e de representantes do Parlamento e do mundo esportivo, o evento reforçou o valor simbólico dos Jogos como instrumento de união.
“Esperamos que a trégua olímpica seja renovada. O sinal de paz que os Jogos trazem será claro e visível em todos os lugares”, disse Mattarella, numa referência à guerra na Ucrânia e a outros conflitos em curso. “Esperamos que os meses restantes possam trazer tranquilidade e diálogo, pôr fim à agressão e à barbárie e extinguir a sede de poder que gera medo, morte e devastação.”
Apoio do COI e apelo global
Kirsty Coventry, presidente do COI, reforçou a mensagem: “A chama simboliza o espírito dos Jogos, derrubando barreiras e construindo pontes. Ela deve inspirar os sonhos das novas gerações, conectando pessoas e culturas.”
O presidente do Comitê Olímpico Italiano (CONI), Luciano Bonfiglio, e Giovanni Malagò, presidente da Fondazione Milano Cortina, lembraram que, em Nova York, a resolução da trégua olímpica foi aprovada por unanimidade, com apoio inclusive da Rússia.
Coventry destacou ainda a capacidade da Itália de combinar inovação e tradição. “A paixão transparece em tudo o que vocês fazem. Sua excelência exalta os sonhos de quem acredita no poder do esporte.”





































































