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Cidadania

CGIE apresenta 6 propostas para corrigir distorções na nova lei da cidadania

CGIE aprova 6 propostas para modificar a nova lei da cidadania italiana e defender os direitos de descendentes.

Plenária do CGIE em Roma: conselheiros discutem propostas para corrigir distorções na nova lei da cidadania italiana | Foto: Silvia Alciati/Facebook
Plenária do CGIE em Roma: conselheiros discutem propostas para corrigir distorções na nova lei da cidadania italiana | Foto: Silvia Alciati/Facebook

O Conselho Geral dos Italianos no Exterior (CGIE) aprovou seis propostas prioritárias para modificar a nova lei da cidadania italiana. As medidas buscam corrigir restrições impostas à cidadania por descendência e defender os direitos dos italianos residentes fora do país. A assembleia plenária do órgão termina nesta sexta-feira (20), em Roma.

A principal crítica se refere à exclusividade da cidadania italiana. A nova legislação transformou a dupla cidadania em um obstáculo para a transmissão do direito às gerações seguintes. O CGIE propõe restabelecer o reconhecimento da acumulação de cidadanias como um critério positivo, conforme políticas anteriores.

Outra proposta é a criação de um certificado de língua, cultura e civilização italianas. Esse documento serviria como alternativa à exigência de dois anos de residência na Itália para comprovar vínculo efetivo com o país. O objetivo é permitir o acesso à cidadania a descendentes com laços culturais comprovados, mesmo sem residência.

A terceira proposta trata da transmissão automática da cidadania a filhos menores de italianos reconhecidos. A reforma atual impediu esse direito em muitos casos. O CGIE propõe garantir a transmissão automática, exigindo o mesmo certificado de italianidade apenas quando esses menores atingirem a maioridade.

O conselho também defende a eliminação de prazos para reaquisição da cidadania por quem a perdeu devido a legislações anteriores à Lei 91/1992. Segundo o CGIE, o número de afetados é limitado e não justifica restrições temporais.

O CGIE solicita, ainda, acesso a dados estatísticos sobre os processos de cidadania realizados por consulados desde 2014. Essas informações são consideradas essenciais para análises técnicas e a formulação de políticas públicas.

Por fim, o órgão quer o reconhecimento do direito de apresentar o pedido de cidadania a todos que, até 27 de março de 2025, já estavam nas listas de espera dos consulados, mesmo que ainda não tenham recebido uma data para protocolar a documentação.

Apesar da disposição ao diálogo manifestada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, os conselheiros criticaram a falta de escuta às comunidades no exterior durante a formulação da nova legislação. Daniel Taddone, representante do Brasil, classificou como “inaceitável” a generalização de culpa por abusos cometidos por agências oportunistas: “A culpabilização coletiva é própria de regimes totalitários”, afirmou.

As propostas do CGIE serão incluídas nas conclusões finais da assembleia e encaminhadas ao governo. O subsecretário de Relações Exteriores, Giorgio Silli, declarou que compreendeu a posição do conselho e que avaliará os pontos apresentados.

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