A Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, aprovou uma medida para médicos cubanos atuarem no sul da Itália, mas com uma condição: que eles recebam o salário integral.
Em Cuba, o governo de Miguel Díaz Canel se comprometeu, excepcionalmente, a não tocar no salário dos médicos.
As autoridades cubanas destinam 70% dos rendimentos dos médicos em missão no exterior para financiar o regime comunista na ilha.
Na Itália, eles receberão € 3.500 (aproximadamente R$ 19,4 mil) por mês mais um subsídio de € 1.200 para despesas com moradia e alimentação. A duração do contrato dos 497 médicos é de aproximadamente 12 meses.
Um primeiro grupo de 51 médicos cubanos já chegou à Calábria, segundo a EuroNews, onde o sistema de saúde é particularmente frágil e está em intervenção há 13 anos, devido à sua dívida, atualmente próxima a € 1 bilhão – cerca de R$ 5,5 bilhões.
A Calábria, com 2 milhões de habitantes, é o maior “deserto médico” da Itália. Faltam 2.500 médicos, sobretudo especialistas, para atender uma região que tem 23% da população com mais de 65 anos.
No entanto, os concursos públicos não atraem candidatos, os hospitais estão perdendo seus funcionários devido aos salários menos atraentes do que os oferecidos pelos estabelecimentos privados.
Além disso, as estruturas públicas carecem de equipamentos. Os médicos cubanos, reconhecidos mundialmente por suas habilidades, devem, portanto, facilitar a reestruturação do sistema de saúde da Calábria.