Já pensou a Itália se classificar para a Copa do Mundo deste ano no lugar do Irã, sob justificativa de o país asiático discriminar as mulheres no futebol?
A versão ganhou corpo em alguns jornais da Itália e da Alemanha, mas esta possibilidade de tapetão nas Eliminatórias não passa de boato, diz a Fifa.
“Uma mini-esperança surge com o campeão europeu”, publicou o jornal Bild, da Alemanha.
A Itália foi eliminada pela fraca Macedônia do Norte na repescagem das Eliminatórias Europeias e ficou fora da segunda Copa seguida.
Dias depois, na terça-feira (29), mulheres foram proibidas de entrar no estádio para ver Irã x Líbano, nas Eliminatórias Asiáticas.
De imediato surgiu a versão de que a Fifa excluiria o Irã e daria a vaga para os italianos.
“Vamos tirar esta ideia da cabeça, de que a Itália pode ir à Copa do Mundo. É impossível. Esperar que possa ser convidada é uma utopia“, disse sem meias palavras a ex-árbitra Evelina Christillin, que é executiva do Conselho da Fifa, à rádio italiana Uno.
A possibilidade de tapetão havia sido levantada na Itália porque o Irã já havia sido alertado pela Fifa sobre a discriminação a mulheres no futebol.
O Itália acabaria herdando a vaga por ser a seleção melhor ranqueada entre as eliminadas.
“Tivemos uma reunião executiva da Fifa e um congresso com todas as delegações, incluindo o Irã. Nunca discutimos excluí-los da Copa do Mundo. E ainda que fosse, a seleção promovida no lugar seria de outro país da Ásia”, explicou Evelina.