Em Nápoles, veículos e motocicletas dos anos 1940 são abandonados em galeria subterrânea
Quem circula pelo centro de Nápoles, na Itália, não imagina que a cidade guarda em seu subsolo centenas de objetos e carros da Segunda Guerra. As relíquias dos anos sangrentos foram deixados no túnel Bourbon, construído no início de 1800.
De acordo com o The Drive, durante a limpeza massiva após a guerra, o túnel tornou-se um cemitério para carros e motocicletas apreendidos, juntamente com vários outros objetos como móveis e ítens domésticos.
Além disso, estátuas de diferentes períodos foram descobertas no túnel, incluindo um monumento funerário em homenagem ao Capitão Aurelio Padovani, fundador do partido fascista napolitano.
Geólogos que trabalhavam no túnel em 2007 descobriram uma passagem murada que levava para outro acesso ao abrigo antiaéreo.
Setenta e cinco degraus e uma escada estreita levam a uma sala atrás da igreja na praça. Foi lacrada e esquecida nos anos 70.
Agora restaurada e aberta para passeios ao fim de semana, a Galleria Borbonica pode ser percorrida a pé.
Feito para durar
Revestido de rocha vulcânica, o túnel Bourbon foi encomendado pelo rei Ferdinando II de Bourbon.
O rei, que governou a Sicília e Nápoles, precisava de uma passagem secreta para a família real viajar do Palácio Real para o quartel militar.
A passagem parcialmente acabada – o rei morreu antes da sua conclusão – serviu como abrigo antiaéreo durante a II Guerra Mundial.
No local, Mussolini construiu um abrigo antiaéreo e um hospital de guerra. Duas palavras estão rabiscadas na parede: “Noi vivi”, ou “vivemos”.
Escondidos da luz do sol, os carros enferrujados descansarão para sempre.
Veja as fotos: