Em 2021, foram registradas 121.457 pedidos de cidadania na Itália, mais de 10 mil a menos que no ano anterior. Os dados são do Istat, o Istituto Nazionale di Statistica, diretamente ligado ao governo italiano, e divulgados nesta terça-feira (25).
Vários fatores podem ter influenciado a queda. A demora no processamento do pedido nos municípios italianos, sob efeitos da pandemia e da orientação do Ministério do Interior sobre a Grande Naturalização, é o principal deles. Na ocasião, o órgão sugeriu aos municípios esperar a decisão da Corte Suprema.
Em 90% dos casos (cerca de 109.600) eles eram cidadãos de países terceiros – de fora da União Europeia. Quanto aos motivos, 41% das aquisições de cidadania ocorreram por residência e 11,9% por casamento.
Em geral, as mulheres representam 49,6% dos que adquiriram a cidadania italiana em 2021, mas chegam a mais de 81% entre os que a obtiveram pelo casamento.
Os novos cidadãos
Os cidadãos de fora da UE que adquiriram a cidadania italiana em 2021 são principalmente da Albânia (22.493), Marrocos (16.588) e Brasil (5.460).
O número não inclui os processos realizados nos consulados italianos no Brasil.
Juntos, os três países representam mais de 40% dos pedidos registrados na Itália em 2021, seja por casamento, residência ou direito de sangue.
Cerca de 69% das aquisições de cidadania italiana foram registradas no Norte do país e 20% no Centro. No Sul, onde são obtidos 11,4% das cidadanias, os processos de cidadania italiana por descendência (ius sanguinis) são maioria.
Entre as regiões, Lombardia (25,1%), Emilia Romagna (13,8%) e Veneto (10,4%) foram as que registraram mais pedidos de reconhecimento. Já no Sul, o valor mais alto é o da Sicília, com pouco mais de 3%.
Imigrantes
Entre 2021 e 2022, os cidadãos de fora da UE com autorização de residência regular na Itália aumentaram quase 6%, passando de 3.373.876 em 1 de janeiro de 2021 para 3.561.540 em 1 de janeiro de 2022.
Em 2021, foram emitidas 241.595 autorizações de residência, mais 135.000 do que em 2020.
O estudo completo pode ser lido aqui: cittadini non comunitari.
Foto: Depositphotos