A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou à CNN que vai para a Itália e, por ter cidadania italiana, não poderá ser deportada. “Tenho cidadania italiana e não podem me deportar”, declarou.
Nesta terça-feira (3), Zambelli informou que deixou o Brasil. Em entrevista à Rádio Auri Verde, a parlamentar disse que vai pedir licença do mandato.
Apesar de ter dito inicialmente que já estaria na Itália, o marido da deputada corrigiu a informação. Segundo ele, o casal está nos Estados Unidos e seguirá para a Itália nos próximos dias.
Zambelli foi condenada em maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão prevê regime fechado, perda do mandato e inelegibilidade, além de indenização de R$ 2 milhões.
Outro processo ainda em curso no STF investiga a deputada por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Zambelli afirmou ainda que recebeu informação de que o ministro Alexandre de Moraes não autorizaria prisão domiciliar. “Me colocaria e deixaria na cadeia”, disse à CNN. Segundo ela, sua saída do Brasil é uma forma de “resistência”, e não uma fuga.
Ela também disse que pretende atuar em vários países, citando Espanha, Portugal, Inglaterra, França e Itália. “Quero estar nos principais lugares, falar com o povo francês. Em cada lugar temos pessoas que podem lutar por nós”, declarou.
Antes de sair do Brasil, Zambelli emancipou o filho de 17 anos para que ele possa concorrer nas eleições de 2026, e delegou à mãe, Rita Zambelli, a administração de suas redes sociais.