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Cidadania

Só 22% votam no 1º dia de referendo sobre cidadania italiana

Baixa participação ameaça validade de referendo sobre cidadania na Itália.

Baixa participação ameaça validade de referendo sobre cidadania na Itália
Baixa participação ameaça validade de referendo sobre cidadania na Itália | Foto: Alessandro Bremec/LaPresse

Apenas 22,7% dos italianos votaram no primeiro dia do referendo que propõe reduzir de 10 para 5 anos o tempo mínimo de residência para pedidos de cidadania italiana por naturalização. A votação, iniciada no domingo, 8, segue até esta segunda-feira, 9, com encerramento às 15h (horário local).

O referendo precisa de quórum superior a 50% para que o resultado tenha validade legal. Se esse índice não for atingido, os votos, mesmo que majoritários, serão desconsiderados.

Segundo o Ministério do Interior, as regiões com maior comparecimento foram Toscana (29,98%) e Emilia-Romagna (28,86%). Já Trentino Alto Ádige (16,13%), Calábria (16,22%) e Sicília (16,32%) registraram as menores participações.

Além da proposta sobre cidadania, outros quatro referendos foram realizados, todos relacionados à legislação trabalhista. A média nacional de participação nesses também girou em torno de 22,7%.

A expectativa é que o índice final de participação chegue a, no máximo, 35%, conforme estimativas da imprensa italiana.

Comparecimento às urnas não passou de 22,7% no primeiro dia de votação.
Comparecimento às urnas não passou de 22,7% no primeiro dia de votação | Foto: Filippo Monteforte / AFP

Desde 1974, apenas 39 dos 77 referendos realizados na Itália atingiram o quórum. Nos últimos 30 anos, somente quatro conseguiram validação.

Analistas políticos atribuem a baixa adesão à posição do governo, liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, que orientou a população a não votar. A coalizão de direita considera os temas “perigosos” e propôs o boicote como estratégia.

“Não concordo com o conteúdo dos referendos, e como sempre aconteceu na história do país, quando não se concorda, a abstenção também é uma opção”, afirmou Meloni, que esteve na sua seção eleitoral, mas se recusou a votar.

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