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Sicília quer atrair mais de 2 mil médicos da América do Sul

Itália procura profissionais argentinos e oferece altos salários em euros

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Sicília quer atrair mais de 2 mil médicos da América do Sul

A Sicília, que antes chamou a atenção do mundo com suas casas sendo vendidas por 1 euro, agora quer atrair profissionais da saúde.

Um acordo entre a Universidade Nacional de Rosário (UNR), na Argentina, e a região da Sicília, no sul da Itália, pretende atrair 2.251 médicos, muitos com raízes italianas.

O projeto piloto começou na cidade de Mussomeli, que abriu o processo de seleção para a contratação de 23 graduados.

Erica Moscatello, embaixadora da Confederação Italiana da Indústria Privada de Pequenas e Médias Empresas na Sicília, disse que a região “precisa preencher muitos cargos” e aqueles que se candidatarem à oferta “terão um salário base de 6 mil euros (cerca de R$ 32 mil), além de recompensas, horas extras e remuneração especial”, podendo chegar aos € 10 mil – cerca de R$ 52 mil.

A oferta tentadora – para um país em situação financeira dramática – especifica a busca de anestesistas, ginecologistas, clínicos, cirurgiões, psiquiatras e dentistas, entre outras especialidades.

A busca se deve por causa da falta de profissionais de saúde na Itália, e Moscatello confessou que “várias clínicas tiveram que fechar temporariamente devido à falta de médicos”. No entanto, ela afirmou que “com este acordo queremos não só cobrir esta demanda, mas também que os profissionais fiquem e vivam aqui”.

A região da Sicília busca acordo com outras universidades na América do Sul, mas ainda não há nada fechado com nenhuma universidade no Brasil.

Veja os requisitos

Os requisitos para se empregar no sistema de saúde da comuna de Mussomeli são os seguintes:

  • Médicos graduados pela Universidade Nacional de Rosário (UNR);
  • Profissionais recém-formados ou médicos experientes;
  • Não há exigência de idade mínima ou máxima;
  • A cidadania italiana não é exigida. Haverá autorização de residência por contrato de trabalho;
  • Não é obrigatório conhecer a língua italiana, pois o interessado terá um professor particular assim que chegar na Sicília.

Para ajudar os profissionais na gestão, a cidade italiana contratou uma equipe técnica que se encarregará de homologar os títulos de cada médico.

Foto: Deposiphotos

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